segunda-feira, 27 de outubro de 2008

:: Henry van de Velde

Henry Clemens van de Velde nasceu em Antuérpia, Bélgica, em 1863. Iniciou sua atividade criadora como pintor, sob a influência das tendências neo-impressionistas. Por volta de 1890, em sintonia com as idéias do inglês William Morris, passou a dedicar-se ao desenho industrial, com a intenção de aplicar ao dia-a-dia suas concepções estéticas.
Preconizou suas artes aplicadas primeiro em sua terra natal, a Bélgica. Em 1896, realizou em Paris uma exposição de móveis que, com suas linhas onduladas e seus motivos orgânicos, foram fundamentais para difundir o art nouveau na França. No ano seguinte, com uma exposição em Dresden, chegou à Alemanha.
No arranjo que propõe para sua casa em Uccle, em 1897, Van de Velde firma-se pela primeira vez na decoração, ao mesmo tempo que começa sua atividade como teórico e propagandista.
A partir de 1902, torna-se conselheiro do Duque de Weimar – fundando a Escola de Artes e Ofícios de Weimar 4 anos depois – e é chamado para dirigir o Weimar Kunstgewerblicher Institut, que tornaria-se a Bauhaus de Gropius no pós-guerra.
Foi também um dos fundadores do Deutsche Werkbund ("Associação Alemã de Ofícios"), além de ter fundado também em Bruxelas, em 1927, o Institut Supérieur des Arts Décoratifs de la Cambre (no qual se formaram os mais importantes arquitetos belgas), antes de mudar-se para a Suíça, em 1947.


Entre as obras de Van de Velde, contam-se a decoração interior do Museu Folkwang em Hagen (Alemanha, 1900-1902), a casa Hohenhof na mesma cidade (1909), o teatro para a Exposição da Werkbund de Colônia (1914) e o Museu Kröller-Müller em Otterloo, Holanda (1921). Desenhou igualmente ilustrações para livros e encadernações, assim como móveis, candeeiros, objetos de prata, estampados e cartazes, redigindo diversos ensaios sobre teoria da arte, entre eles "Do Novo Estilo" (1907).

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